Thaissa
A AVALIAÇÃO ENTRE DUAS LÓGICAS
A avaliação não é uma tortura medieval, é uma avaliação mais tardia nascida com a escolaridade obrigatória . As questões que envolvem a avaliação escolar cedo ou tarde criam hierarquia de excelência, em função das quais se decidiram a progressão no curso seguido, a seleção no início do secundário, a orientação para diversos tipos de estudos, a certificação antes da entrada no mercado de trabalho e, freqüentemente na contratação.
A avaliação é tradicionalmente associada, na escola assim como os pequenos mananciais formam grandes rios, as pequenas hierarquias se combinam para formar hierarquias globais, em cada disciplina escolar, depois sobre o conjunto do programa para um trimestre, para um ano letivo, enfim para o conjunto de um ciclo de estudos.
A avaliação formativa cada professor se dispõe dela, como todo mundo ele se dirige, porém a regula sua ação em função de sua dinâmica de conjunto do nível global e da distribuição dos resultados, mas do que das trajetórias da cada aluno como nem um médico se preocupa em classificar seus pacientes, do mesmo doente ao mais gravemente atingido. O fato de a avaliação estar ainda entre duas lógicas decepciona ou escandaliza aqueles que, lutam contra o fracasso escolar e sonham com uma avaliação puramente formativa.
A AVALIAÇÃO NO PRINCÍPIO DA EXCELÊNCIA E DO ÊXITO ESCOLAR
A pesquisa em educação jamais ignorou o peso das normas de excelência escolar na determinação do êxito e do fracasso escolares, durante muito considerou-se sua existência e seu conteúdo como evidências triviais e a avaliação como uma simples medida das desigualdades de domínio da cultura escolar. O campo estava, pois livre para se preocupar antes de tudo em identificar as causas e conseqüências das desigualdades de aprendizagem, sem se deter demais em seu modo de avaliação e em suas formas de excelência definida pela escola. A reprovação é cada vez menos conseqüência mecânica