Thaise
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.
As crianças com epilepsia enfrentam muitos desafios: os desafios da aprendizagem, os efeitos colaterais cognitivos, as dificuldades escolares e o estigma social em relação a outras crianças. Por isso, normalmente, os pais dessas crianças acreditam que a qualidade de vida delas é substancialmente pior, quando comparados aos filhos saudáveis.
Porém, cientistas que decidiram ouvir o lado das crianças com epilepsia obtiveram uma resposta surpreendente: para elas, a vida é igual a das outras crianças. Essa conclusão foi feita por um estudo publicado na revista norte-americana Value in Health desse mês. A análise de 143 crianças com epilepsia e que tinham, pelo menos um irmão saudável, foi feita por meio de entrevistas pessoais com as crianças, de idade média de 12 anos, e com os respectivos pais.
Os pesquisadores descobriram, então, que as avaliações dos pais em relação à qualidade de vida dos filhos ( sobre aspectos como comportamento, saúde geral,