Texto Antropológico Vida de Said Avlis Numa roça situada na região de Confresa reside um grupo de pessoas cujo nome é Said Avlis. Todos os dias pela manhã eles pegam um balde grande e sai andando no meio de uma vegetação rasteira, e logo se avista um cercado feito de pau de formato redondo e que tem uns fios que envolvem os mesmos. Dentro desse cercado tem um animal quadrúpede grande, alguns deles com pontas perfurantes na cabeça outros não. Então começa se o ritual, alguns do grupo se senta num pedaço de madeira no formato quadrado e com uma tira de embira que prende o mesmo na cintura, e possui só um pedaço de paú que é pregado na madeira. Senta no objeto, fica bem próximo do animal pega nas tetas e num processo de vai e vem, puxa, encolhe abrindo a mão e fechando, começa a sair do animal um liquido esbranquiçado, que é despejado em um galão de formato oval. Depois de um bocado de tempo chega um homem em cima de uma coisa estranha, um objeto feito de madeira e ferro, que possui um lugar para sentar com rodas grandes e que não usa combustível, pois tem um animal de boa altura, com beiços fartos, carnudos e que faz um som com a boca como se tivesse sorrindo, também tem um ferro na boca, onde amarra uma embira comprida que o homem pega na mão para conduzir o animal, e através de um movimento que puxa de um lado, para outro, é visível que o animal obedece e anda na direção correta conforme os puxões indicam. Colocam os galões em cima daquela condução, e a mesma sai em direção á cidade, pois tem pressa de chegar com o líquido esbranquiçado em bom estado para consumo; é possível ouvir o barulho dos cascos do animal andando acelerado pela estrada.