Texto
Por ser uma cidade muito populosa, São Paulo enfrenta vários problemas e desafios na área responsável pela destruição de matas nativas e áreas verdes e pela impermeabilização do solo com a utilização de cimento e asfalto. Pesquisas mostram que, nos últimos 13 anos, a capital perdeu 30% da cobertura vegetal, aumentando a temperatura e comprometendo a qualidade de vida. A perda foi mais acentuada nos bairros da periferia, na zona Leste e em duas áreas importantes: a serra da Cantareira e o entorno da represa de Guarapiranga. Essa perda se deve à migração interna de pessoas que não conseguem pagar aluguel na área mais central e mudam-se para a periferia, construindo moradias irregulares em loteamentos clandestinos. Outro problema sério é a poluição do ar, decorrente da frota de veículos e das indústrias localizadas na cidade. Na região metropolitana de São Paulo, a quantidade de emissão de monóxido de carbono (CO) é preocupante. De acordo com dados da Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), do total de emissões, 50% são produzidos pela circulação de carros a gasolina, 22,5% pelos veículos movidos a diesel, 12,5% por carros a álcool, 9,5% por motocicletas, 3% pelos táxis e 2,5% são resultado do processo industrial. A atividade industrial da região metropolitana é responsável por 33% da emissão de óxido de renas crianças e falta de ar e enfisema pulmonar nos idosos. O tratamento do lixo é outro desafio a ser enfrentado. A maior parte do lixo produzido pela população vai para os lixões, local onde há uma inadequada disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de moscas, mosquitos, baratas, ratos, geração de maus odores e, principalmente, a poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume