Texto
O domínio do discurso argumentativo – a procura de adesão do auditório.
A racionalidade argumentativa
A racionalidade está ligada às vivências do homem da qual as pessoas têm de deliberar e tomar decisões o que obriga à utilização de regras de pensamento que estão para além das sistematizadas pela lógica formal mas trata-se de regras de outra lógica, designada de lógica informal. Esta empenha-se na resolução de questões ligadas à prática, reconhecendo e valorizando o poder argumentativo da razão como capacidade insubstituível. É por isso, mais abrangente e mais flexível que a formal, aplicando-se ao contexto das acções humanas, onde não reporta a verdades absolutas.
RACIONALIDADE
Lógica formal lógica informal
Discurso demonstrativo discurso argumentativo
Apresenta provas lógicas de… apresenta razões: a favor ou contra
Demonstração e argumentação
Ao analisar uma situação, a fazer uma critica ou a tomar uma atitude, é necessário que fundamentemos as nossas afirmações. Para que sejam credíveis, é fundamental que se apresentem razões ou premissas que possam sustentar as teses ou conclusões.
Há duas vias para esta fundamentação.
- a via demonstrativa: recorre-se a premissas verdadeiras (inquestionáveis), a partir das quais se chega a uma conclusão verdadeira. Aristóteles classificou estes argumentos como raciocínios analíticos.
-a via argumentativa: parte-se de premissas discutíveis. São plausíveis, mas a sua verdade é apenas provável. Aristóteles denominou-os de raciocínios dialécticos, que podem chegar apenas a uma verdade provável.
Para fundamentarmos as nossas afirmações, coexistem duas lógicas: uma rígida e formal, vocacionada para a demonstração de proposições, outra flexível e informal, adequada à argumentação, isto é, à