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A qualidade de vida está incontestavelmente atrelada à condição social dos indivíduos, possui uma relação direta tanto com os elementos subjetivos, geradores de bem-estar, quanto com os elementos objetivos (bens materiais e serviços, indispensáveis para a manutenção da dignidade humana).
A economia é feita para servir a sociedade, obrigatoriamente, precisa então colocar as pessoas em primeiro lugar e tem o papel de resgatar a valorização do indivíduo, contornando os problemas, injustiças e disparidades que assolam a sociedade de modo que leve a mesma a se desenvolver e a progredir a partir da melhora na vida de cada um.
Para tanto, é imprescindível se pensar num novo jeito de fazer economia. Os processos econômicos - em suas diversas manifestações - não podem mais ser analisados e pensados apenas em termos estritamente econômicos. A frieza de raciocínio que marca, essencialmente, a economia envolvida em gráficos, taxas e indicadores matemáticos diversos, fazendo subir e descer o ambiente monetário-financeiro frente a qualquer espirro diferente dos mercados, precisa ser pensada sob outras escalas: principalmente sob a perspectiva de valorizar o ser humano e não o dinheiro; é a pessoa que tem (e deve ter) valor, e não a mercadoria. O objetivo central da economia não é o dinheiro, mas sim as pessoas; não é o mercado e nem a mercadoria, mas sim os desejos e incentivos de cada um de nós.
O interesse que deve nortear essa ciência tipicamente de cunho social é o indivíduo e não o acúmulo mercantil. É por isso que as questões sociais devem permear o universo da ciência econômica. Antes de existir o dinheiro, já existia a vida; já existiam necessidades sociais, já existiam seres humanos desejosos em prosperar. Nada mais justo então que a