Texto: O professor e as diferenças na sala de aula
O educador e o educando precisam aprender a conviver com a diferença, com a imprevisibilidade, adotando atitudes de confrontação coletiva, em constante intercomunicação.Trata-se de uma socialização orgânica, necessária à educação dos novos tempos, porque permite enfrentar o aprofundamento da “dissolução do sujeito” e a fixação da subjetividade das escolhas. Evidencia-se a necessidade de que o educando esteja disposto a desempenhar o seu papel e a revelar o que sabe, o que pensa e o que imagina que sabe (conhecimentos prévios), nas palavras que sabe, com a linguagem que sabe – porque é um ser humano e, portanto, merece ser respeitado. Neste sentido, é importante destacar que o conceito tradicional de tempo de aula precisa ser revisto. Se, longe da homogeneidade, o que prevalece é a heterogeneidade, isso não significa uma anomia, um espaço onde cada um faz o que quer, na hora que quer. Dar espaço à diversidade vai muito além: é reconhecer as diferentes habilidades e os conhecimentos existentes em cada sujeito que, uma vez se juntando, podem permitir que cada um colabore, a seu modo, com o outro, podendo existir crescimento para todos os envolvidos no processo.
Por isso, a educação é conclamada, hoje, a pensar em termos de conexão, de relações, de interações, de rede, de comunidades de aprendizagem. Assim, o tempo de aula não é o tempo do relógio, mas o das interações. A diversidade não significa, necessariamente, trabalho diversificado, mas pode significar também trabalho em comum, momento em que os diferentes sujeitos contribuem como podem para alcançar um objetivo determinado. Qual é a contribuição de cada um no momento? Em que cada um pode ajudar? Todos, indistintamente, têm algo a oferecer. A escola precisa saber aproveitar melhor essa máxima. Pode significar, também, um trabalho comum, com atividades diversificadas, de acordo com as necessidades, os interesses e os contratos feitos entre os educandos e o