Alálise sobre identidade e autonomia

1. Introdução Identidade pode ser definida como manifestações individuais em que precisamos sempre do outro para existirmos (Silva, 2000). Cada um forma sua identidade conforme suas crenças, hábitos ou grupo ao qual pertence. Ou seja, formamos nossa identidade de acordo com as coisas com as quais nos identificamos. Existe o grupo dos jogadores de futebol, das bailarinas, dos nadadores e assim por diante, conforme o tipo de característica tomada como referência. Mas, em que toda esta questão de identidade nos afeta? Nós, como futuros professores, teremos que lidar com as diferentes identidades presentes em sala de aula conforme classe social, gênero, etnias, crenças, costumes, sexualidade, idade além de outras categorias variáveis presentes na vida do sujeito a partir das quais os sujeitos se constituem. Já autonomia pode ser definida como liberdade de pensar por si, além da capacidade de guiar-se por princípios que concordem com a própria razão, envolve capacidade de realizar, o que exige um homem consciente e ativo, por isso o homem passivo é contrário ao homem autônomo. Paulo Freire propõe uma “educação para autonomia” “fundada na ética, no respeito à dignidade e a própria autonomia do educando” (FREIRE, 2000a, pg. 11) enfatizando que a autonomia deve ser conquistada, construída a partir das decisões, das vivências, da própria liberdade, ou seja, ninguém é espontaneamente autônomo, é uma conquista que deve ser realizada. E a educação deve proporcionar contextos formativos que sejam adequados para que os educandos possam se fazer autônomos. “O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem [...] O professor autoritário, que por isso mesmo afoga a liberdade do educando, amesquinhando o seu direito de estar sendo curioso e inquieto” (FREIRE, 1996a, pg.35).

Nesta investigação sobre autonomia e identidade dentro do âmbito escolar foram entrevistados 20 professores de diversas áreas