Texto Sociologia I Os Agrupamentos Sociais 1
Adaptado de Lakatos e Marconi – Introdução à Sociologia.
Grupo, multidão, público, massa. O que caracteriza cada um desses tipos de agrupamento social? Quais são os mecanismos que sustentam os grupos? O que torna inseparáveis o status que um indivíduo ocupa na sociedade e os papéis sociais que ele desempenha?
(...) a vida em sociedade é condição necessária à sobrevivência de nossa espécie e à constituição da própria ideia de humanidade. Assim, desde suas origens, a espécie humana sempre formou agrupamentos, como os grupos de parentesco e as famílias.
Para o sociólogo Karl Mannheim, os contatos e os processos sociais que aproximam ou afastam os indivíduos provocam o surgimento de formas diversas de associações. Tais formas são os grupos sociais e os agregados sociais.
Procurando o verbete grupo social no Novo Dicionário Aurélio, encontramos a seguinte definição: “forma básica da associação humana; agregado social que tem uma entidade [individualidade] e vida própria, e se considera como um todo, com suas tradições morais e materiais”.
Para o psicanalista argentino José Bleger, “um grupo é um conjunto de pessoas que entram em interação, mas, além disso, o grupo é, fundamentalmente, uma sociabilidade estabelecida”.
Complementando o conceito de Bleger sobre o que é um grupo social, o filósofo francês Jean-Paul Sartre afirma que “enquanto não se estabelecer a interação não existe grupo, há somente uma serialidade, em que cada indivíduo é equivalente ao outro e todos constituem um número de pessoas equiparáveis e sem distinção entre si”. (Um exemplo de serialidade são pessoas numa fila de ônibus ou de cinema. Elas estão juntas mas não interagem, pois não se comunicam entre si. Não formam, portanto, um grupo.)
Seja qual for a definição, uma coisa é certa: grupo social sempre significa a reunião de pessoas que estão mutuamente em interação (duas pessoas já podem formar um grupo). A partir daí, cada ciência amplia o conceito de