texto sobre Psicologia social
Fisiopatologia da esquizofrenia: aspectos atuais
Physiopathology of schizophrenia: current aspects
Ar y Gadelha de Alencar Araripe Neto1, Rodrigo Affonseca Bressan2, Geraldo Busatto Filho3
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Membro do Programa de Esquizofrenia (Proesq), do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas (LiNC) e do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
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Membro do Programa de Esquizofrenia (Proesq), do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas (LiNC) e do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Membro do Laboratório de Investigação Médica 21 (LIM21), do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Resumo
Contexto: A esquizofrenia é uma das mais intrigantes doenças psiquiátricas e, talvez por isso, a mais pesquisada, com grandes avanços sobre sua fisiopatologia no último século. Objetivo: Revisar os principais avanços na compreensão fisiopatológica da esquizofrenia. Método: Revisão da literatura para cada tópico proposto a partir de artigos levantados no Medline e/ou considerados importantes a partir da experiência dos autores. Resultados: A hipótese dopaminérgica representa uma das primeiras teorias etiológicas e permanece até os dias atuais como uma das que apresenta evidências mais consistentes. No entanto, essa teoria falha em explicar a história natural, os prejuízos cognitivos e as alterações estruturais encontradas na esquizofrenia. A demonstração de estudos epidemiológicos de fatores de risco genéticos e ambientais, somados aos estudos neuropatológicos e de neuroimagem, sugerem um modelo interativo em que inúmeros fatores atuam conjuntamente para alterações mais globais do desenvolvimento cerebral. Conclusão:
A compreensão fisiopatológica da esquizofrenia avançou bastante no último século, evoluindo de teorias etiológicas
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