Texto livre: a arte do convencimento
Você vai se foder bonito algumas vezes. Quando as pessoas esperam que você levante, exponha sua voz e opinião e se mostre 'homenzinho', você vai ficar quieto. Quando você levantar e gritar (com um pensamento de 'Mandei bem! Sou foda!'), você vai olhar para os lados e só ver reprovação. Quando for hora de rir, você vai falar 'Eu te amo'. Quando for hora de dizer que ama, você vai rir de canto de boca. Quando você achar que é hora de falar ao pé do ouvido, vai ser hora de chute na bunda. Quando for hora de fazer, você vai pensar em fazer ou não. Quando for hora de pensar, você vai fazer sem pensar (ou até vai pensar, mas vai acabar fazendo mesmo assim).
Agora me diz uma coisa: quem disse que você é o errado nisso tudo? Queira o que quiser, faça o que quiser. Seja respeitoso com você mesmo e ponto final. Ninguém nunca está certo ou errado. Certo ou errado não existe. Existe melhor e pior. Preferências existem; cetezas, não. Quem garante que um dia você vai pagar por tudo que faz nesse mundinho? Deus tá vendo? Pode ser que sim, pode ser que não. Você tem alguma dúvida sobre o que vem depois daqui, desse mundo, desse lugar? Eu também. Então me faz um favor? Faz teu feijão com arroz, amigo: ria para cacete e sorria para caralho. Ser feliz não morde e não gera nenhum castigo.
A vida te obriga a tomar vacina na bunda, a ter um umbigo, a arrancar o siso, a largar peito da mãe e chupeta. A vida te obriga a não ter mais idade pra ir no escorrega do Mc Donalds. Te obriga a perder contato com o seu amor da infância, te obriga a saber que o seu animal de estimação e seus avós não são imortais, te obriga a aceitar os Power Rangers sem o Tommy. Ela te obriga a descobrir que a gordinha escrota que te dava mole virou uma deusa milionária. A vida te obriga a falar de sexo com a Sue Johanson. Tem certeza que você quer levar tudo isso aqui a sério?
E então, convenci? O copo tá sempre