Texto Informativo de cultura e midia
Na contemporaneidade, as tecnologias digitais propiciaram inovações nos modos de produção e difusão da cultura. Contudo, apesar de mudanças na reprodutibilidade técnica dos bens culturais, fatores que ocasionaram a perda da aura da obra de arte ainda caracterizam a cultura nas sociedades contemporâneas. Assim, uma reflexão acerca da arte na contemporaneidade perpassa por questões relacionadas com a indústria cultural e a mídia.
Dentre os autores que discutem a indústria cultural, a mídia e a relação entre as tecnologias digitais e a cultura têm destaque Adorno, Horkheimer, Guy Debord, Lipovetsky, Castells, Pierre Lévy, dentre outros. Adorno, Horkheimer e Debord concebem a indústria cultural e a mídia como mecanismos de alienação da classe trabalhadora.
Ao desenvolverem o conceito de ―indústria cultural, Adorno e Horkheimer evidenciaram que com o advento do rádio os indivíduos tornaram-se espectadores passivos, já que os sistemas de comunicação de massa acabam sujeitando-os aos seus programas. Se, por um lado, estes sistemas eram considerados mais democráticos por atingirem um número maior de pessoas, por outro, as transmissões de rádio não permitiriam a réplica do ouvinte, sendo, portanto, uma via de mão única.
Assim, os meios de comunicação de massa submeteriam os indivíduos aos interesses de consumo da indústria capitalista, transformando-os em seres passivos. A mídia não os conduziria a uma reflexão crítica acerca de suas condições de existência e trabalho. Com o predomínio da racionalidade instrumental, passa a haver um controle dos horários de lazer e entretenimento. A passividade do telespectador é enfatizada também por autores como Guy Debord que formula o conceito de sociedade do espetáculo para apresentar o modo de organização do sistema capitalista.
Outra abordagem interessante sobre a arte na sociedade capitalista é a perspectiva de Walter Benjamin. Ao analisar as formas de reprodução