Texto Da Chata
Se um viajante em uma noite de inverno, sob a luz do céu estrelado, não se intimida com o frio forte e nem com a neve, estaria ele vivo? Ainda parado, tenta entender o que estava acontecendo ali, no vazio sombrio do cemitério. De um lado para o outro, corria entre os túmulos como se procurasse por algo.
Entre as árvores sem folhas, carcomidas pela friagem, aquele cemitério se mostrava cada vez mais misterioso. Como o homem havia chego lá? Mal ele sabia. A cada túmulo um nome desconhecido, quem seriam aquelas que pessoas que descansavam debaixo daquela fria terra?
Foi quando visualizou um nome que não poderia estar ali. E, ao redor de uma cova vazia, ele se perguntou pela primeira vez se estava vivo ou não, era ele apenas uma alma livre em busca do seu destino? Seria o céu? Ou a outra alternativa?
Perplexo, engoliu suas dúvidas a seco, não era o momento de ficar se perguntando sobre isso, era a hora de descobrir por que estava ali, ou melhor, como sair dali. Ainda próximo ao túmulo, esfregou o rosto, marcado por cicatrizes e rugas, e passou analisar o cemitério: era bonito, ou talvez tenha sido um dia, antes de ter sido abandonado, quem sabe? não deviam ter muitos túmulos por alí, 40 no máximo, ordenados de forma desleixada, sem respeitar fileiras ou colunas, nada estava muito claro, pois a névoa, digna de filmes de terror, atrapalha a visão e deixa o clima ainda mais aterrorizante.
Algumas esculturas enfeitam o ambiente, góticas e pouco mal acabadas, elevavam o mistério do cemitério, nenhuma daquelas figuras representavam imagens religiosas. Nada era reconhecível.
Sem temer o vento e a vertigem, o homem resolve deixar o cemitério para trás. Mais nada ali poderia ajuda-lo a resolver o enigma que o envolve naquela noite. Percebeu um pequeno caminho que segui morro a cima, e tomou coragem. Talvez ele encontro a capela do cemitério, ou até mesmo a casa do coveiro, se é que um coveiro ainda trabalha aqui.
No escuro caminho, o viajante caminhava