Texto complementar - Historia da Educação
Tal como na sociedade grega, os romanos usavam o braço escravo para os trabalhos manuais, igualmente desvalorizados. Em contrapartida, a aristocracia se dedicava ao ‘ócio digno”, ocupando-se com atividades intelectuais, políticas e culturais. Por consequência, os educadores orientavam-se pelo modelo adequado á elite dirigente, a fim de formar o indivíduo racional, capaz de pensar de modo correto e de se expressar de forma convincente.
Diferenças:
- Pedagogia grega – apresentava duas vertentes: uma que destacava a visão filosófica sistematizada, como Platão, e outra em que predominava a retórica, como queria a escola de Isócrates . Ora, a pedagogia dos filósofos exigia que o próprio aluno, nos estágios superiores, se dedicasse à filosofia no seu sentido mais amplo, incluindo sobretudo a metafísica. O que representava alto grau de dificuldade, por se tratar da parte nuclear da filosofia que investiga as causas mais fundamentais do ser.
Pedagogia romana – Em Roma, no entanto, a reflexão filosófica não mereceu atenção de modo tão sistemático. Quintiliano e outros pedagogos encaravam a filosofia até com certa descrença e, quando a ela recorriam, preferiam os assuntos éticos e morais, influenciados pelos pensadores estóicos e epicuristas do período helenístico. Isso porque os romanos adotaram uma postura mais pragmática, voltada para o cotidiano, para a ação política e não para a contemplação e teorização do mundo. Daí o prevalecer da retórica sobre a filosofia
Essa tendência, que tornava a trama do discurso mais literária que filosófica, acentuou-se no período de declínio, com os riscos do formalismo oco e do palavreado vazio. De fato, com o tempo, descuidou-se da formação científica e artística, prevalecendo uma cultura de letrados, cuja atenção maior estava nas minúcias das regras gramaticais, nas questões filológicas e nos artifícios que proporcionavam o brilho nas conversações.
- Outras tendências –
A crescente