Texto Cinema
Oficina de Narrativas Audiovisuais
Tatiana Pereira de Rezende
Existem muitas discussões sobre filmes, cinema, diretores e a essência do audiovisual. O que me interessa, tem haver com a minha formação. Como tenho graduação em História sempre tive curiosidade de saber a fundo da história do cinema. Lendo os textos indicados, principalmente “A Vanguarda” de XAVIER, Ismail em O discurso cinematográfico: opacidade e transparência e, além disso, buscando outras referências, como o artigo “Cinema e História: o imaginário norte americano através de Hollywood” pode me dar perspectivas e visões diferentes da história do cinema.
A principio a discussão se cinema é documento histórico ou não, ocorre em inúmeras bibliografias. Uma história positivista muito conceituada no passado, não considerava a chamada “sétima arte” como um documento importante para os estudos históricos. A partir da Escola dos Annales, uma importante mudança acontece no mundo da história e da historiografia. Na década de 1970 a chamada História Cultural começa a ter valor e ai sim os filmes passaram a ter mais atenção dentro desses estudos. A valorização do cinema se dá na interpretação que cada documento fílmico dá para a sociedade da época. O cinema chega a ser uma influência muito forte em vários momentos da história mundial, e a Escola dos Annales vai justamente interpretar isso. Eventos como Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, Estado Novo de Getúlio Vargas e diversas outras ditaduras, além de gerações inteiras de jovens foram influenciados diretamente pela produção fílmica e pela trajetória do cinema.
O “american way of life” durante a Guerra Fria (1946-1991) traduz muito bem todas essas influências. Esses anos geraram vários estereótipos, heróis, glamour e uma forte simbologia americana, reforçando o mito de que a nação dos Estados Unidos é uma “nação civilizatória”.
Muitas vezes, esse cinema sofre críticas em cima de parcialidades e manipulações que podem ser exercidas