Texto ADE 02
MERCADOLÓGICAS NA CADEIA PRODUTIVA
DA CARNE BOVINA1
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Nelson R. Pineda & Josyanne C. Marajó de C. Rocha
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Palestra de abertura do III SIMCORTE. Universidade Federal de Viçosa.
Viçosa. MG. Brasil. 30-05-2002.
Engenheiro Químico, Mestre em Química Orgânica, Pecuarista, Diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - (ABCZ). pineda@terra.com.br.
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Zootecnista, Mestre em Melhoramento Genético Animal, Aluna de Doutorado em Genética da
FMRP-USP, Ribeirão Preto. josymarajo@netsite.com.br.
INTRODUÇÃO
À medida que entrávamos no final do século, a grande maioria das empresas ficava imaginando o que as esperava no ano 2001 e quais seriam as estratégias de sobrevivência frente às mudanças tecnológicas sem precedentes que aconteceram no final do milênio passado. O que é impossível ignorar é que nesta primeira metade do século XXI o mundo deverá atingir 9 bilhões de habitantes (U. S.
Census Bureau, Internacional Data Base, 2000), demandando essencialmente alimentos e empregos. A procura por uma sociedade mais justa mostra que grandes desafios terão que ser vencidos rapidamente pela humanidade frente ao seu crescimento populacional.
Produzir alimentos, gerar energia renovável, reciclar resíduos e explorar recursos naturais em harmonia com o meio ambiente, são apenas o início da procura pela sobrevivência, não somente para as empresas, como também para todos aqueles que participam do processo produtivo do país.
O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira fechou o ano de 2001 com 99,40 bilhões, ou seja, 4,7% a mais que o valor registrado em 2000, sendo 45,2% alavancados pelo setor pecuário
(Jornal O Estado de São Paulo, 5/4/2002). A análise feita por Floriani
(2001) sobre as nossas potencialidades em agricultura, pecuária e ecologia projetam um cenário promissor de oportunidades para o agribusiness brasileiro, com enormes possibilidades de gerar novos empregos, alimentos e excedentes exportáveis. O Brasil possui a