Gestão recursos humanos
Niviane Magalhães (nmagalhaes@brasileconomico.com.br)
19/03/13 17:49
Especialistas criticam postura da empresa no caso do suco contaminado.
A Unilever, fabricante dos sucos de soja Ades, pode sofrer para reconquistar os consumidores no curto prazo, segundo avaliam especialistas. Na quinta-feira (14/3), a empresa anunciou que iria retirar do mercado as 96 unidades do Ades Maçã de 1,5 litro contaminados com soda cáustica.
A contaminação, que aconteceu devido a uma falha no processo de higienização da máquina, pode afetar o desempenho das vendas da companhia. De acordo com Marcos Bedendo, professor de gestão de marcas e de marketing estratégico da ESPM, a perda de credibilidade terá impacto na imagem da companhia.
"O problema parece ser muito maior do que realmente é, porque trata-se de um produto alimentício, o que afeta diretamente a saúde do consumidor. A Unilever está passando por uma crise no momento", destaca o professor.
Ele aponta ainda que está surpreso com a falta de pronunciamento por parte da Unilever com em relação à saúde das pessoas.
"Me impressiona a Unilever ainda não ter feito nada oficial. Isso prejudica muito a imagem da empresa, pois é um erro em cima de outro erro. Isso mostra que a companhia não sabe como agir em uma situação como essa", explica o professor.
Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do Proteste, afirma que outro erro que a Unilever cometeu foi não ter indicado pontos para a devolução dos produtos, do lote AGB 25, produzido em 25 de fevereiro com validade até 22 de dezembro.
Nesse caso, ela diz que o local onde foi feita a venda tem a obrigação de trocar o produto por outra mercadoria ou devolver o dinheiro, caso o cliente opte, contanto que a nota fiscal seja apresentada.
"Os supermercados sempre acabam trocando, pois é mais fácil para eles cobrarem do fornecedor do que o cliente", pondera a especialista