Testes
“O Rio Itapecerica hoje está na Unidade de Tratamento Intensivo e precisa urgentemente de cuidados”, afirmou o biólogo Claudemir Henrique da Cunha. Esta classificação foi feita pelo profissional em entrevista a Gazeta do Oeste sobre os aguapés. Para ele, o importante além de saber quem ficará por conta do tratamento do esgoto de Divinópolis, é fazer este tratamento, colocado por ele como o remédio principal para a despoluição do rio.
Sabemos que os rios brasileiros estão cada dia mais poluídos e esta é a mesma realidade de Divinópolis. Com o aumento da população e da falta de saneamento, nossos rios agonizam. As indústrias são as maiores poluidoras, porque despejam toneladas de rejeitos químicos diretamente em seus leitos. A população também não coopera e tem parcela neste assunto. Jogam lixo, móveis e entulho na busca de benefícios próprios. A dejeção de esgotos nos rios transforma as águas em fontes de contaminação por vírus e bactérias. E este nível de poluição pode ser diagnosticado a olho nu com os aguapés. Isto foi confirmado pelo biólogo que apontou as plantas aquáticas como índice de como está o rio hoje. “Independente de quem será responsável pela concessão da despoluição do Rio Itapecerica é preciso agir urgentemente. Os aguapés já são um sinal do alto índice de poluição do rio. A planta é um bi-indicador”, explicou Claudemir. Como biólogo, garantiu que se a situação não for revertida, a tendência é piorar. Ressaltou ainda que pode chegar a um ponto que o monitoramento – como ocorre hoje – não adiantará mais. “Acho que as pessoas estão mais preocupadas com a despolitização do rio, do que com a despoluição. O rio não é um problema político é um problema ambiental e ele já está dando seu alerta”, chamou a atenção Cunha.
Para entender como deve ser feito a revitalização do Itapecerica, o biólogo comunicou que a secretaria Municipal de Meio Ambiente realiza uma pesquisa com este