Teste
Print version ISSN 1413-9251
Cad. estud. no.16 São Paulo July/Dec. 1997 http://dx.doi.org/10.1590/S1413-92511997000300001 A dinâmica das decisões financeiras
Alexandre Assaf Neto
Professor Doutor da FEA/USP - Ribeirão Preto. Consultor de Empresas em Gestão
Financeira
RESUMO
O artigo propôs uma maior reflexão sobre a Teoria das Finanças das empresas e sua adequação a empresas inseridas em economias emergentes. As características diferenciadoras deste contexto econômico exigem ajustes nos enunciados financeiros, de forma a viabilizar as aplicações das técnicas financeiras.
O artigo desenvolveu, ainda, uma avaliação das decisões financeiras e sua interdependêcia ressaltando a apuração dos resultados operacionais. Tratou, também, a evolução da Teoria de Finanças cobrindo os anos 20 até os tempos atuais. Neste horizonte de mudanças, as Finanças empresariais ganharam maior estrutura conceitual e de avaliação de risco, preparando-se para atender à crescente complexidade dos negócios e das operações de mercado.
As decisões financeiras de empresas inseridas em economias em desenvolvimento requerem uma reflexão mais crítica de seus aspectos conflitantes, exigindo uma adaptação a realidade dos negócios.
O processo de tomada de decisões reflete a essência do conceito de Administração.
Administrar é decidir, e a continuidade de qualquer negócio depende da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis organizacionais. E estas decisões, por sua vez, são tomadas com os dados e as informações viabilizados pela Contabilidade, levantados pelo comportamento do mercado e desempenho interno da empresa.
No entanto, este processo decisorial essencial ao sucesso de toda empresa, vem assumindo complexidade e risco cada vez maiores na economia brasileira.
Desequilíbrios nas taxas de juros, desajustes de mercado, ausência de poupança a longo prazo, intervenções freqüentes nas regras da economia, entre