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A ¬GESTÃO DA ESCOLA PÚBLICA E O CONTROLE DA PERFORMATIVIDADE: AS METAMORFOSES DO SUJEITO INDUSTRIAL

Introdução
O presente artigo parte de pesquisas e discussões sobre as implicações sociais, políticas e culturais dos Sistemas de Avaliação e a Gestão da Escola Pública no Brasil, implantados a partir da década de 1990. Para o entendimento do complexo processo de mudanças da Educação brasileira e da gestão e controle da escola pública que se desenvolveu com a nova fase democrática do país (pós Constituição de 1987), busca-se um esboço dos usos e adventos de tecnologias políticas e tecnologias de políticas na gestão e controle institucional dos sistemas educacionais.
Parte-se da hipótese que a produção crescente de indicadores educacionais está diretamente relacionada à transição do modelo de organização estatal centrado em um Estado de Bem Estar, para um modelo de Estado Mínimo, fundamentado em mecanismo de controle a distância. Para esboçar um modelo explicativo parti-se das contribuições de Ball (1994; 1996; 2001ª; 2001b; 2003) no qual o cenário das transformações superestruturais e estruturais relacionadas a forma de organização do Estado Nacional, pode ser explicado pela relação entre as influências da forma do mercado, da gestão e do controle da performatividade. Essas relações entre contextos de influências são direcionamentos dados mediante as exigências do mercado, que impõe como necessidade, uma maior e crescente produtividade do trabalho.
Dessa relação entre formas de organização política e a produção de forças produtivas, materializadas na categoria trabalho, podemos iniciar a pensar uma metamorfose não só do mundo do trabalho, do espaço produzido e habitado, como também dos tipos e modelos de sujeitos produzidos pelos sistemas educacionais. Os processos de aumento da produtividade encontram na cultura seu sistema de mediação entre Estado, Sociedade e mercado (Capital), produzindo uma nova forma de cultura planetária sob os efeitos da