TESTE
“Minha pesquisa para esse filme foi maior que qualquer outra que eu tenha feito”, disse a ÉPOCA o roteirista Scott Z. Burns. Ele esteve duas vezes no Centro de Controle de Doenças, em Atlanta – uma espécie de quartel-general do combate planetário às epidemias –, passou dezenas de horas conversando com funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS), na Suíça, e contou com a orientação do conceituado epidemiologista Ian Lipkin, da Universidade Columbia, cujo trabalho é descobrir novos tipos de vírus. “Ian esteve conosco durante todo o processo de produção do filme”, diz Burns. Foi Lipkin quem concebeu o vilão de Contágio – o vírus ficcional MEV-1 – , tendo como base um microrganismo real que surgiu na Malásia em 1999, o vírus Nipah. Ele chegou aos humanos a partir do contato com porcos que consumiam frutas contaminadas pela saliva ou pela urina de morcegos infectados. O Nipah contaminou 257 pessoas e 105 delas morreram, atingidas por crises respiratórias e neurológicas fulminantes – tal como no filme.
Se o vilão de Contágio é um vírus ficcional, os heróis do filme são seres humanos reais, baseados em médicos e cientistas de carne e