Teste
Carlo Rogers, psicólogo norte-americano, foi o primeiro a gravar sessões psicoterapêuticas, com as devidas permissões, tornando possível o estudo objetivo de um processo eminente subjetivo. Por consequência, foram feitas algumas constatações até então impensadas, como a de que o motivo da melhora dos clientes acontecia independente do motivo pelo qual os terapeutas acreditava estar ajudando.
Ao comparar análises feitas por observadores neutros, constatou-se que os clientes percebiam melhor o que realmente os ajudava, e o quanto estavam sendo compreendidos ou não, do que os próprios psicoterapeutas. Desse modo, Rogers subverteu a relação de poder terapeuta-cliente” – decorrente do pressuposto de que os psicólogos e psiquiatras detinham o conhecimento da subjetividade de seus pacientes. No seu livro “Sobre o Poder Pessoal” há um paralelo entre suas descobertas e as de Paulo Freire, com sua “Pedagogia do Oprimido”.
Há também uma certa semelhança entre Rogers e Milton Erickson, no que tange a crença de que o homem possui o núcleo básico da personalidade que tende à saúde e ao bem-estar, ao qual ele chamou Tendência Atualizante. As semelhanças não param por aí, Carl Rogers ficou famoso por desenvolver um método psicoterapêutico centrado no paciente. O terapeuta tem que desenvolver uma relação de confiança com o paciente para poder fazer com que ele encontre sozinho sua própria cura…
Milton Erickson defendia semelhante afirmativa, no entanto, mantinha um papel diretivo, mesmo indiretamente, na relação terapeuta-paciente, enquanto Rogers se dizia ser “não diretivo” (posteriores estudos comportamentais feitos de seus vídeos mostraram como ele reforçava o comportamento do cliente com simples movimentos afirmativos com a cabeça, obviamente, sem ele se dar conta disso). Erickson, por sua vez, estudioso da comunicação e da hipnose, sabia que era impossível não