Teste
PARA UMA IMAGEM NÃO DEFORMADA DO
TRABALHO CIENTÍFICO
Daniel Gil Pérez*
Isabel Fernández Montoro**
Jaime Carrascosa Alís***
António Cachapuz****
João Praia*****
Resumo: O presente artigo pretende evidenciar a importância de (re)conhecer as visões deformadas dos professores sobre o trabalho científico, para a partir daí poderem consciencializar e modificar as suas próprias concepções epistemológicas acerca da natureza da ciência e da construção do conhecimento científico. Afirma-se que o trabalho colaborativo de grupos de docentes, quando da realização de workshops, é bem mais produtivo e positivo do que o trabalho individual na detecção de tais visões. Enumeram-se sete visões deformadas; aliás, abundantemente referidas na literatura, aqui intencionalmente extensa. Caracterizam-se tais visões deformadas e desenvolvem-se sobre elas considerações que ajudam à reflexão. Por outro lado, referem-se as características do trabalho científico e tecem-se orientações epistemologicamente mais adequadas, por sua vez capazes de ajudar a (re)pensar e a qualificar o trabalho científico. Sugerem-se implicações para o ensino das ciências e, num contexto mais vasto, para a Nova Didática das Ciências.
Unitermos: Epistemologia, Trabalho Científico, Visões Deformadas, Ensino das Ciências.
Abstract: Recent researches suggest that quite frequently science teachers perspectives about the nature of science and on scientific knowledge construction are inadequate. Researches also suggest that such inadequate perspectives may influence through science teaching the images held by students about the nature of science and of the scientific knowledge. This paper presents the main features of seven teachers’ perspectives with an extensive review of related research studies. Alternative views based on pos-positivist frameworks are then outlined as well as their implications for science teaching.
Keywords: Epistemology, Scientific