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Os novos paradigmas da administração
Um dos pais da moderna teoria da administração argumenta que boa parte do que se ensina e se acredita com relação à teoria da administração está errada ou seriamente desatualizada. Se você quiser prosperar neste mundo em rápida transformação, é melhor pre
Peter F. Drucker, de inShare A saída do executivo Michael Turwitt da presidência da BMW do Brasil, no fim de 1997, parecia uma operação rotineira. Agora, acusações de corrupção contra ele dão um novo e espetacular rumo ao caso
No início da noite do dia 12 de janeiro deste ano, Evanjivaldo Mendes, comerciante de automóveis em Goiânia, homem falante, dono de um acentuado sotaque interiorano e com quase seis anos de atuação no ramo, recebeu um telefonema de Marcello Prado, vice-presidente financeiro da BMW do Brasil. Mendes, interessado em abrir uma concessionária da BMW em sua cidade, e Prado, braço direito de Michael Turwitt, presidente da empresa alemã no Brasil, vinham se falando havia quatro meses. Nesse telefonema, porém, o comerciante goiano ouviu algo que não esperava. "Eu tinha combinado fazer um pagamento de 75 000 dólares a uma empresa chamada BCCI, com sede em Nova York, como parte do processo adotado pela BMW para me conceder uma revenda oficial", diz Mendes. "Prado e Turwitt haviam me dito que a BCCI faria toda a avaliação do meu cadastro, que me virariam de cabeça para baixo. Caso eu fosse aprovado, arcaria com os custos do trabalho. Tempos depois, recebi uma carta da consultoria informando minha aprovação e solicitando o pagamento. Reuni a soma pedida e estava pronto a fazer o depósito, conforme as instruções dos executivos da BMW, quando o Prado me ligou."
Para sua surpresa, relata Mendes, Prado lhe disse que o pagamento à BCCI não deveria ser feito. "Por quê?", perguntou. "É melhor você pegar esse dinheiro e investir na sua concessionária. Mas invista bem, não vá fazer bobagem. No futuro, nós vamos te cobrar isso", respondeu o diretor da BMW.