Teste de Wingate
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VALIDADE DO TESTE DE WINGATE PARA A AVALIAÇÃO DA
PERFORMANCE EM CORRIDAS DE 50 E 200 METROS
Benedito Sérgio Denadai 1
Luís Guilherme Antonoacci Gugliemo 1
Mara Lucy Dompietro Ruiz Denadai 2
RESUMO
O objetivo deste estudo foi verificar se o teste de Wingate
(TW) apresenta validade para avaliar a performance de corrida anaeróbia (aláctica e láctica) de uma equipe de basquetebol. Doze jogadores de basquetebol (X= 16 anos) realizaram o TW e testes de campo (corrida máxima de 50m e 200m). Após 3, 5, 7, 9 e 11 min. da realização do TW e dos 200m, procedeu-se a coleta de 25 µl de sangue do lóbulo da orelha, sem hiperemia, para a determinação do lactato sanguíneo (YSL 2300 STAT). A
Potência de pico (PP) no TW foi significantemente correlacionada com o tempo de 50 m (r = -0,83) e com o pico de lactato sanguíneo após o TW (r = 0,61). A
Potência média (PM) no TW também foi significantemente correlacionada com o tempo de 200 m
(r = -0,83) e com o pico de lactato sanguíneo após o TW
(r = 0,59). Houve correlação significante entre o tempo de 200 m e o pico de lactato sanguíneo após este teste (r
= -0,61). As concentrações de lactato sanguíneo, foram significantemente maiores, em todos os minutos de recuperação, após o teste de corrida de 200 m, do que após o TW. Baseado nestes resultados, podemos concluir que embora o TW não utilize o gesto motor específico dos membros inferiores, presentes em muitos esportes
(basquetebol, voleibol, futebol), o mesmo pode ser utilizado para a avaliação da performance anaeróbia
(aláctica e láctica) obtida durante a corrida por um equipe de jogadores de basquetebol.
UNITERMOS : Teste de Wingate ; Lactato ; Basquetebo;
Especificidade
INTRODUÇÃO
Para a avaliação funcional de atletas, vários são os testes que têm sido empregados para a determinação da potência e da capacidade anaeróbia (Margaria et al., 1966;
Szögy, & Cherebetiu, 1974; Schnabel &