Teste de depressão na adolescencia
NA ADOLESCÊNCIA
Maio/2014
RESUMO
Estudos epidemiológicos demonstram um aumento progressivo das manifestações depressivas entre jovens nos últimos anos. Esse estudo investigou a prevalência de indicadores de depressão entre adolescentes, bem como os fatores de risco, preditores do humor deprimido. Participaram da amostra 5.000 adolescentes entre 14 e 18 anos, que responderam ao Inventário de Depressão na Adolescência. Foram observados escores indicativos de depressão em 29% dos casos. Os resultados evidenciaram diferenças significativas em relação a variáveis demográficas e contextuais, especialmente quanto ao sexo e à aquiescência parental, mostrando que todos os adolescentes que apresentaram indicativo de depressão referiram-se à baixa responsividade parental. Os preditores avaliados foram discutidos sob a perspectiva da interação de fatores individuais e ambientais, de modo a subsidiar a elaboração de projetos de intervenção terapêutica.
INTRODUÇÃO
Os principais sintomas depressivos agregam-se em quatro conjuntos de indicadores clínicos: marcadores emocionais (tristeza, isolamento, apatia, crises de choro, perda da capacidade de experimentar prazer em atividades antes consideradas agradáveis, sentimentos de desvalia e culpa inadequados e variação de humor diurno), cognitivos (distração, diminuição da capacidade de tomada de decisão, superestimação das perdas sofridas, pessimismo e desesperança), motivacionais (indiferença diante de novas situações, desinteresse por quaisquer atividades, perda de afeição por outras pessoas e baixo rendimento acadêmico) e vegetativos ou motores (fadiga, retardo psicomotor, alterações do apetite ou do peso, insônia e perda da libido). Porém, na adolescência, é comum que a depressão seja mascarada por sintomas como a agitação psicomotora, ataques de raiva, comportamentos delinquentes, hostilidade, auto- agressão, constante exposição a