Depressão
Rev. bras.ter. cogn. v.2 n.2 Rio de Janeiro dez. 2006
ARTIGOS
Depressão e coping em crianças e adolescentes portugueses
Depression and coping in portuguese children and adolescents
Ana Inês Borges I; Dina Susana Manso II; Gina ToméIII; Margarida Gaspar de Matos IV
I Psicóloga, mestre em terapias comportamentais e cognitivas, investigadoras do projecto Aventura Social, FMH/UTL
II Psicóloga, mestre em terapias comportamentais e cognitivas, investigadoras do projecto Aventura Social, FMH/UTL
III Psicóloga, mestre em terapias comportamentais e cognitivas, investigadoras do projecto Aventura Social, FMH/UTL
IV Psicóloga, professora associada com agregação da Faculdade de Motricidade Humana - UTL, Centro de Malária e Outras Doenças Tropicais/IHMT/UNL, coordenadora do projecto Aventura Social, FMH/UTL
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RESUMO
O objectivo deste estudo foi analisar a relação da depressão e das estratégias de coping entre si e em função da idade e do gênero. A amostra foi constituída por 916 sujeitos, de ambos os sexos com média de idade de 14,4 anos (DP=2,62), recrutados aleatoriamente de escolas públicas de diversas regiões de Portugal, onde foram sorteadas duas turmas referente a cada ano leccionado nas diferentes escolas das localidades seleccionadas, do 5º ao 12º ano, correspondente, em Portugal, ao percurso escolar entre 10 e 18 anos. As medidas de avaliação utilizadas foram o CDI (Kovacs, 1992) e o CRI-Y (Moos, 1993). Os resultados revelaram que o grupo dos pós-adolescentes (18-22 anos) e as meninas apresentaram índices mais elevados de depressão e utilizavam mais estratégias de coping, comparativamente com os grupos dos pré-adolescentes (10-13 anos), dos adolescentes (14-17 anos) e dos os rapazes. Observamos que, à medida que os sintomas depressivos aumentam, a utilização de estratégias de coping diminui, tal como que os grupos que demonstraram menos sintomas de