teste Camões
Grupo I
Parte A
Lê atentamente o soneto camoniano.
Busque Amor novas artes, novo engenho, para matar me, e novas esquivanças; que não pode tirar me as esperanças, que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças, andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei porquê.
Luís de Camões
Responde às questões de forma correta, completa e contextualizada.
1. Demonstra o tom desafiador da primeira quadra, indicando o tema de reflexão do sujeito poético.
2. Explica o verso 6, “Vede que perigosas seguranças!”, justificando a utilização do imperativo.
3. Explica a utilização reiterada do verbo saber na forma negativa, no último terceto, tendo em conta a divisão do poema em partes lógicas.
Parte B mote seu
Se Helena apartar do campo seus olhos, nascerão abrolhos.
voltas
A verdura amena, gados que pasceis, sabei que a deveis aos olhos d' Helena.
Os ventos serena, faz flores d' abrolhos o ar de seus olhos.
Faz serras floridas, faz claras as fontes...
Se isto faz nos montes, que fará nas vidas?
Trá-las suspendidas, como ervas em molhos, na luz de seus olhos.
Os corações prende com graça inumana; de cada pestana uma alma lhe pende.
Amor se lhe rende e, posto em giolhos, pasma nos seus olhos.
Luís de Camões
Responde de forma completa e fundamentada às questões que te são apresentadas.
1. Indica que transformações provocam na natureza e nas vidas os olhos de Helena, relacionando o significado da palavra “luz” com o adjetivo “inumana”.
2.Identifica o tipo de composição poética e faz a análise formal da mesma