território
2.1 - O que é território?
Um dos primeiros autores na interpretação do território foi Claudio Raffestin. Segundo o autor: É essencial compreender bem que o espaço é anterior ao território. O território se forma a partir do espaço, é o resultado de uma ação conduzida por um ator sintomático (ator que realiza um programa) em qualquer nível. Ao se apropriar de um espaço, concreta ou abstratamente [...] o ator “territorializa” o espaço. (Raffestin, 1993, p. 143). É uma visão político-administrativa, ou seja, um espaço físico onde se localiza uma nação que se delimita uma ordem jurídica e política, um espaço marcado pela projeção do trabalho do homem com suas linhas, limites e fronteiras.
Para Rogério Haesbaert o território se analisa com diferentes enfoques, classifica-se em três vertentes básicas: 1) jurídico-política, segundo a qual “o território é visto como um espaço delimitado e controlado sobre o qual se exerce um determinado poder, especialmente o de caráter estatal”; 2) cultura(ista), que “prioriza dimensões simbólicas e mais subjetivas, o território visto fundamentalmente como produto da apropriação feita através do imaginário e/ou identidade social sobre o espaço: 3) econômica, “que destaca a desterritorialização em sua perspectiva material, como produto espacial do embate entre classes sociais e da relação capital-trabalho”. (Haesbaert, 2004, p. 18).
Segundo Santos (1985) a formação do território é algo externo ao território. O autor parte de uma visão onde o espaço é uma variável a partir de seus elementos quantitativo e qualitativo, iniciando de uma análise histórica:
O que nos interessa é o fato de que cada momento histórico, cada elemento muda seu papel e a sua posição no sistema temporal e no sistema espacial e, a cada momento, o valor de cada qual deve ser tomado da sua relação com os elementos e com o todo. (Santos. 1985, p. 09).
O território na visão de Santos configura-se pelas técnicas, pelos meios de