Territorio do Brasil
Primeiramente, o autor, nos remete a concepção neokantiana, que ao apossar-se da abordagem histórica, traz propostas elaboradas tendo o apreço pelo relativismo histórico, seu denominador. Michael Foucault contribui nesta perspectiva com seus trabalhos, trazendo temas e abordagens inovadoras para a análise histórica. Ele salienta que a história (objeto) é necessariamente um “discurso”, ou seja, uma memória e interpretação construída e difundida.
Na variedade das posições metodológicas mais específicas, podemos diferenciar posições para o tratamento da história. Tem-se, portanto, a historicidade materialista discutida numa perspectiva dialética, onde a realidade é concebida como um movimento incessante, no qual os fenômenos só podem ser apreendidos como processos em contínuo fluir.
Detalhando melhor a visão histórica, podemos citar o Marxismo. Por exemplo, distinguir a categoria “modo de produção”, permite distinguir pelo menos duas concepções antagônicas. De um lado, tem-se como um modelo teórico e de outro lado, tem-se como um processo dotado de um sentido estrutural que o movimenta.
Nota-se, portanto, e é isso que interessa, segundo o autor, uma necessidade de compor uma teia de fundamentos teóricos que sustentem a posição de ver a geografia humana, em si, como uma modalidade de história. Parte-se então do entendimento da geografia humana como ciência social que tem por objeto o processo universal de apropriação do espaço natural e de construção de um espaço social pelas diferentes sociedades ao longo da história.
Relembrando Milton Santos, a vivência social do espaço cria rugosidades que duram mais que estímulos e objetivos que lhes deram origem. Tem-se, assim, um espaço produzido que sobredetermina continuamente o uso