Territorialização da pobreza em Salvador
O estudo a seguir teve como objetivo principal a análise do espaço social e a historia de alguns territórios populares de Salvador, mostrando como se iniciou a territorialização da pobreza na cidade. A princípio, houve uma coleta de dados através de textos, livros e também nos próprios locais utilizados como objeto de estudo, abordando moradores que vivenciaram épocas totalmente distintas e que tiveram o rumo de suas vidas modificadas devido a chegada do capitalismo. Dessa forma, agregamos conhecimento para podermos discutir e analisar com mais detalhes sobre o assunto.
Dando início a nossa pesquisa, foi desenvolvido vídeos com entrevistas e fotos retratando a paisagem e um pouco da rotina nos subúrbios de Salvador. As pesquisas nos levaram a descobrir como começou o processo de territorialização da cidade, e os principais fatores que influencia tal acontecimento. Na segunda etapa abordamos sobre o Comércio, bairro muito importante na década de 70, sendo este na época o principal centro econômico e onde se iniciou a industrialização na capital. No terceiro momento da pesquisa mostra o contraste entre bairros de classe superior (Pituba) e classe baixa (subúrbio ferroviário).
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A Territorialização da pobreza em Salvador
O processo de crescimento urbano na cidade de Salvador se inicia a partir da década de 50, sendo impulsionado pela instalação de indústrias e a expansão do sistema ferroviário que favorece o êxodo rural, principalmente para as regiões periféricas. Esse crescimento desenfreado da população, atrelada a habitações precárias, acarretou no processo de expansão e adensamento de áreas favelizadas. A região do Subúrbio ferroviário de Salvador, local escolhido como objeto de estudo, compõe um dos maiores territórios de pobreza da cidade, comportando 22 bairros, entre eles Plataforma, Periperi e Alagados, tendo aproximadamente 500 mil habitantes, em sua maioria negros e com baixa escolaridade, vítimas da grande