Terceiro Setor da Econômia
Para Drucker, este foi o setor que mais cresceu e movimentou recursos, que mais gerou empregos e lucros nos EUA, nos últimos vinte anos. A economia neste setor é bem específica, com características próprias e gira em torno de indicadores socioeconômicos internos e externos.
Segundo Francisco Neto e César Fróes, são seis as principais características deste setor emergente:
1) Desenvolveu-se em decorrência da revolução na estrutura produtiva da sociedade, ocorrida No final do século passado, responsável pela fragmentação das cadeias produtivas de diversos setores e, consequentemente, pelo deslocamento das grandes unidades produtivas e suas indústrias e fornecedores-satélites;
2) Tem nas empresas socialmente responsáveis o seu principal agente social;
3) Impulsiona grande mobilização do trabalho voluntário;
4) Apresenta foco no desenvolvimento sustentável das localidades e regiões;
5) Requer adoção do modelo de parceria envolvendo governo local, empresas, Ongs e demais entidades da sociedade civil, constituído pela formação de redes sociais;
6) Gera produção de capitais sociais distintos.
O campo de atuação da RSE foi muito ampliado, passando a ser um espaço de exercício da Responsabilidade Social não apenas corporativa, mas também comunitária e individual, a partir dos valores éticos e de condutas organizacionais difundidas pelas empresas-cidadãs.
Este processo de difusão da cidadania social é feito com a mediação das empresas, e não mais do Estado, através da formação de redes de emprego e trabalho, estímulo à criação de cooperativas, micros ou pequenas empresas.
Outra característica deste novo Terceiro Setor é a capacidade de gerar novos conhecimentos e contribuir para o aumento da empregabilidade e a capacitação profissional de pessoas residentes na comunidade.
Há uma nova visão e ação efetiva. Ao invés de se preocupar com a exclusão do cidadão, a preocupação agora é descobrir, buscar novas formas de