Terceiro mandamento
Terceiro Mandamento:
SABER ESCOLHER
AS ESCOLHAS REVELAM O NOSSO CARÁTER
Sabemos que a excelência é o modelo para toda atividade ética. Ela mostra como uma ação deve ser realizada para alcançar o bem desejado, que é a finalidade de toda ação. A excelência, pois, serve de referência para que se defina o modo como uma atividade será executada. Ou, se quisermos ver a questão de outra maneira, a excelência é o que possibilita que julguemos as ações de maneira razoável, e possamos avaliar se são boas ou não.
No entanto, é hora de avançarmos sobre outro aspecto importante da ética, que é o estudo das escolhas: sua natureza, sua importância, suas relações com a excelência e as atividades éticas de modo geral. Enquanto a excelência revela as ações em termos de qualidade, as escolhas revelam o caráter de cada pessoa, pois tornam visíveis os julgamentos interiores de cada um, suas opiniões sobre o mundo e sobre a forma de comportamento que considera adequada. As escolhas revelam, enfim, conceitos e preconceitos.
Outra razão para estudarmos as escolhas é que elas nascem de outro elemento fundamental do ser humano: a vontade.
A vontade é entendida também em termos dos impulsos interiores, que se poderiam chamar “instintivos”, mas especialmente em termos de nossas capacidades racionais como a premeditação, dentre outras, que diz respeito à nossa capacidade de visualizar mentalmente um objetivo desejado e planejar as ações que temos de executar a fim de conquistá-lo.
Ao mesmo tempo, estudar as escolhas permite entender melhor as situações em que somos obrigados a agir de uma determinada maneira, tanto por forças exteriores quanto interiores. Quando chegarmos aos exemplos, logo adiante, este assunto ficará mais claro.
QUERER, DEVER, NÃO PODER EVITAR
Para entendermos a importância das escolhas na ética, é preciso antes estudar as ações do ponto de vista da vontade do agente, ou seja, analisar o papel do