Terceira Revolução Industrial
A Terceira Revolução Industrial ocasionou novas e profundas transformações no mundo do trabalho e no perfil do trabalhador.
Linha de produção de veículos. A figura do trabalhador passou a ser cada vez mais rara no setor secundário
As sucessivas revoluções industriais em muito pouco se assemelham a uma revolução de fato, uma vez que tal expressão é representativa de uma mudança abrupta ou a derrubada imediata de uma determinada ordem, configuração ou forma de poder. No caso das revoluções industriais, trata-se de um processo gradual e, sob o ponto de vista histórico, relativamente lento.
A terceira etapa desse processo de transformação nos meios e modos de produção iniciou-se na segunda metade do século XX e ainda está em curso, a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica Informacional, caracteriza-se pelos avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes, pelo surgimento e rápida expansão da informática e da automação, além do desenvolvimento da engenharia robótica. Essa nova configuração estabeleceu profundas transformações no mundo do trabalho.
Nas etapas anteriores das produções industriais, observava-se uma crescente substituição do homem pela máquina no processo produtivo, tornando o indivíduo apenas um apêndice de um maquinário cada vez mais amplo e complexo. No atual momento, essa situação ganhou nova e maiores proporções, na medida em que, junto ao maquinário e às novas tecnologias, a informática passou também a atuar. O ser humano passou a ser substituído não apenas pela mecânica, mas também por softwares, que, em muitos casos, passaram a gerir a produção fabril.
Além disso, observa-se também a crescente terceirização da economia, em que a maior parte dos empregos gerados passou a se concentrar no setor de comércio e serviços. Tal processo, aliado à flexibilização do trabalho, contribuiu para a precarização das condições do trabalho, para a