Glossario
Capitalismo industrial: segunda fase do sistema económico capitalista (a primeira foi o capitalismo comercial, séculos XVI-XVIII – viagens de descobertas e de exploração). Surgiu na Inglaterra do século XVIII e foi instalado de forma hegemónica no século XIX, modificando o sistema de trabalho e de produção: da manufactura passou-se à maquinofactura que, através do recurso às máquinas de vapor, possibilitava maior rapidez e um aumento na produção. Foi marcado por transformações económicas, sociais e culturais: se por um lado, fez aumentar as margens de lucro para os donos das fábricas, possibilitou a descida dos preços das mercadorias; por outro lado, conduziu ao desemprego, à diminuição dos salários, à degradação das condições de trabalho, à exploração da mão-de-obra feminina infantil, à poluição (dos espaços, dos rios, atmosférica, sonora…), à ocorrência de acidentes com máquinas, entre outros. Rapidamente este sistema estendeu-se a outros países da Europa e dos EUA. Muitos países europeus introduziram este sistema económico na Ásia e na África, mas foram explorados pelos europeus num contexto de neocolonialismo, fornecendo matérias-primas e riquezas e consumindo produtos industrializados fabricados na Europa, sendo que o Japão começou a sobressair como potência emergente. Este sistema económico conheceu períodos de crises cíclicas, particularmente, a partir do terceiro quartel do século XIX.
Progressos cumulativos: inovações científicas e técnicas que se potencializaram mutuamente, desenrolando-se numa dinâmica própria em que cada novo progresso servia de incentivo para se chegar ao seguinte.
Empresa: instituição económica, pública ou privada, ligada à produção industrial, à comercialização ou aos serviços.
Moeda fiduciária: denominam-se deste modo os meios de pagamento monetário (como as notas bancárias, ou as moedas atuais) cujo valor de circulação – o valor facial ou nominal (o que está escrito neles) – não corresponde ao valor real