Terceira onda do café
07MAI
Começa a surgir em blogs nacionais menções à “Terceira Onda” do Café. De onde veio o termo e quais a primeira e segunda onda? E no Brasil?
Primeiramente o consumidor brasileiro deve atendar para o papel de instituições como a SCAA e SCAE, que são, respectivamente, as associações de cafés especiais da América (EUA) e da Europa. Aqui no Brasil temos a BSCA, Associação Brasileira de Cafés Especiais, da qual sou associado desde 2003, mas nossas associações irmãs na Europa tem décadas a mais de existência e penetração exponencial em relação à nossa.
O termo “café especial”, tal qual reconhecido por todas estas instituições, tem sua origem em uma frase cunhada por uma Norueguesa radicada na California chamada Erna Knutsen. É fato, corroborado pelos dados de exportação, que a costa Oeste dos EUA sempre bebeu mais e melhores cafés do que a costa Leste. Esta afirmação tem embasamento de mais de oito décadas, portanto não é de se surpreender que vem de lá a série de conceitos e inovações para melhorar a bebida na xícara do consumidor.
A “Primeira Onda” é aceita como aquela que veio com o advento e popularização do café instantâneo que, embora de qualidade inferior, ajudou a disseminar o hábito para as massas de consumidores, com esta penetração esta onda trouxe avanços em embalagem e distribuição para as campanhas de marketing geradas para esta massa.
Em seguida surge a “Segunda Onda”, que ocorre a partir dos anos ’80, quando se inicia a grande expansão da Starbucks. Poucos sabem mas, antes desta rede, o consumo de espresso nos EUA inexistia. A rede implantou e expandiu sua linha de cafés. Um grande salto de qualidade diferencia os que atuam na primeira para a segunda onda, sendo o consumidor final o grande beneficiário.
A “Terceira Onda”, tanto a terminologia quanto a definição das três fases do desenvolvimento do consumo do café, pode ser atribuída a um artigo que a torrefadora Trish Skeie escreveu em 2003.