Mercado de Agroquimicos
Piracicaba – SP
Outubro de 2009
1. A HISTÓRIA E O FUTURO DOS DEFENSIVOS
O uso de substâncias químicas na agricultura é conhecido desde a Antigüidade e surgiu, basicamente, para o combate de insetos. Encontram-se registros de utilização de arsênico e enxofre para o controle de insetos em escritos romanos e gregos, nos primórdios da agricultura. Destacam-se o uso do arsênico branco na Idade Média e, a partir do século XVI, o emprego de substâncias orgânicas como a nicotina e o piretro (extraído do crisântemo) na Europa e nos Estados Unidos (EUA) (Gonçalves, 2004) e (Gasparin, 2005). No século XIX, a utilização de produtos químicos para deter ataques de insetos não era incomum.
Somente a partir do início do século XX realizaram-se estudos para a utilização de substâncias para a proteção de plantas. Desse modo, produtos à base de cobre, chumbo, mercúrio e cádmio, entre outros, foram desenvolvidos comercialmente e empregados contra uma grande variedade de pragas (Gasparin, 2005).
Gráfico 6. Evolução da produtividade frente a introduções de novas tecnologia na cultura do milho.
É senso comum entre os especialistas que a Segunda Guerra Mundial foi um marco para o avanço técnico-científico no setor. Os dois principais fatores que justificaram/possibilitaram esse desenvolvimento foram:
• o aproveitamento da pesquisa bélica, realizada pelas indústrias químicas e incentivada pelos governos;
• o padrão tecnológico da época, ou seja, o conhecimento disponível à época permitia a execução de sucessivas sínteses químicas para a busca de novas moléculas.
No gráfico 6, podemos verificar a influencia de três grandes descobertas da agricultura na produção de milho. Primeiro, no campo da genética, a descoberta e introdução de híbridos aumento o potencial produtivo da cultura. Posteriormente, o inicio do uso de fertilizantes e herbicidas permitiram melhorar o aproveitamento do potencial