Industrializacao brasileira
Desde o período colonial até a república velha a economia brasileira se apoiou exclusivamente na exportação de commodities (açúcar, algodão, café e etc.) como força motriz do seu desenvolvimento, caracterizando assim o país como de economia agroexportadora sem muita opção a inversão de capital. Nesse contexto, o ciclo do café tem papel preponderante em criar (ou dar início a criação de) pré-requisitos e condições comuns a países que estão prestes a se tornarem industrializados. Não só pela criação de um mercado interno, forte presença do estado na defesa de seus produtos e indústrias através de protecionismo e políticas cambial/monetária, como também na busca por recursos para a implantação do parque industrial no mercado internacional e bancos de desenvolvimento. Um grande passo para a industrialização do Brasil deve-se, a decadência do ciclo cafeeiro, motivado pela queda dos preços no mercado internacional, agravados pela crise de 1929 que atingiu principalmente a Inglaterra e os EUA (principais importadores mundiais) e pelo excesso de oferta do produto pelos agricultores brasileiros. Diante da dificuldade do principal produto nacional, foi necessário intervenção do estado na proteção da economia, e em criar alternativas para inversão de capital, uma vez que o país precisava continuar crescendo e os produtos agrícolas não dariam sinais de recuperação num horizonte próximo. O governo através da política de desvalorização cambial e da política de valorização do café, promoveu de certa forma uma sobrevida ao ciclo do café, mas deu início ao processo de criação da indústria nacional. A desvalorização do câmbio provocou forte elevação dos produtos importados. Essa elevação junto com a própria dificuldade em se importarem produtos pelo contingenciamento, tornou os produtos nacionais mais atraentes. Os produtos nacionais passaram então a substituir os produtos