Terapia sistémica estratégica - formulação clínica
Cláudia Isabel Moreira Nunes (claudianun3s@hotmail.com)
ISMAI
Raquel Sofia Vila-Chã Maciel (macielraquel.s@gmail.com)
ISMAI
Resumo
O presente trabalho consiste na análise de um caso clínico (Caso 2) à luz da terapia sistémica estratégica. Procederemos desta forma, a uma breve explanação da base teórica e de investigação empírica. Que nos refere que nas famílias, as mensagens de comando são padronizadas como regras. Regras estas que actuam para preservar a homeostase familiar. Estes mecanismos homeostáticos trazem a família de volta para o equilíbrio, diante de qualquer disrupção, esta homeostase familiar assemelha-se ao conceito cibernético de feedback negativo. O grupo do MRI defende que, na base da formação de problemas estão as opções por tentativas sensatas, mas mal orientadas que amplificam o problema. O que necessita de ser feito é mudar a solução empregada na tentativa de resolução do problema. O sistema é governado por regras silenciosas que estão na base de todo o tipo de comportamentos. Seguindo-se de uma presentação do caso clínico em questão, e a sua conceptualização com base no modelo proposto, bem como, as dificuldades inerentes na aplicação da mesma.
Base Teórica – Terapia Familiar Estratégica
A base teórica para a conceptualização do presente caso é a terapia sistémica estratégica. Iremos desta forma incidir nos conceitos que sustentam esta teoria e compreender o problema à luz do respectivo modelo.
A terapia estratégica surgiu da teoria das comunicações desenvolvida no projecto de Bateson sobre a esquizofrenia, que progrediu em três modelos distintos: modelo de terapia breve do MRI, terapia estratégica de Haley e Madanes e modelo sistémico de Milão (Nichols & Schwartz, 2007).
Em Pragmatics of human communication (Watzlawick et al., 1974, cit in Nichols & Schwartz, 2007) tentaram incrementar um cálculo da comunicação humana, que expuseram em uma série de axiomas sobre