Terapia ocupacional na creche

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O trabalho educativo na creche requer conhecimento, por parte dos professores, das teorias de desenvolvimento humano e do papel do adulto em tal processo. Sobre como as crianças se desenvolvem, Oliveira aborda três concepções diferentes: “a inatista, a ambientalista e a interacionista” (OLIVEIRA, 1996, p. 27).

A primeira, a Teoria Inatista, enfatiza os fatores biológicos do desenvolvimento, onde as características de cada indivíduo seriam pré-determinadas geneticamente. “Nesse caso o desenvolvimento seria como o desenrolar de um novelo, no qual estão inscritas as características genéticas do indivíduo” (OLIVEIRA, 1996, p. 27).

Na segunda visão, a Teoria Ambientalista, o desenvolvimento da criança é um produto do meio. A criança é “modelada” pela ação do adulto, através da estimulação. São os estímulos externos que o comportamento, o caráter e os conhecimentos do indivíduo. Segundo a autora, a visão ambientalista “tem o mérito de chamar nossa atenção para a plasticidade do ser humano, que pode adaptar-se a diferentes condições de existência, aprendendo novos comportamentos, desde que existam certas condições favoráveis” (OLIVEIRA, 1996, p. 29).

Segundo Maria Malta Campos, a maioria das crianças começa a freqüentar as creches ou pré-escolas antes dos três anos, o que “indica uma sensível modificação nas atitudes familiares quanto ao significado atribuído a equipamentos para educação e cuidado de crianças pequenas” (Campos, 1995, p. 88). Ou seja, no contexto da sociedade atual, as atribuições das creches e pré-escolas são maiores, porque abarcam também as atribuições que as famílias não podem mais exercer.

Se a aprendizagem da criança se dá, como apontaram Piaget e Vygotsky, através da interação com o meio, o papel educativo da creche é de promover essa interação. Assim, em seu contato com o outro e com o adulto, a criança vai construindo a sua identidade e apropriando-se de uma cultura que é peculiar ao ambiente escolar. Rego comenta essa relação entre a

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