Terapia nutricional na uti
A terapia nutricional é fundamental nos cuidados à pacientes críticos, sendo fato comprovado que o estado nutricional do paciente interfere diretamente na sua evolução clínica. Alguns estudos demonstram que a perda de massa magra, em seus diferentes graus, eleva o grau de infeções, diminui a cicatrização, e aumenta o risco de mortalidade, sendo letal quando chega aos 40% de perda de massa. Em consequência da baixa imune do paciente, este precisará de maiores cuidados e irá permanecer por mais tempo hospitalizado na terapia intensiva.
Ao ser hospitalizado, o paciente geralmente apresenta um grau de desnutrição proteico-calórico que normalmente acentua no transcorrer da internação, em decorrência de vários fatores.
Pacientes admitidos na UTI possuem um perfil metabólico nutricional característico que favorece o desenvolvimento da síndrome de resposta infamatória (SIRS), que pode evoluir posteriormente para a síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (SDMO). A SDMO em associação com o hipermetabolismo, predispõe os pacientes críticos à um risco de óbito elevado, chegando 30-85% independente da causa inicial. Essa mortalidade está relacionada ao número de órgãos envolvidos, ao fator predisponente e a doença de base.
As alterações metabólicas mais frequentes estão relacionadas com o aumento da proteólise não controlada pela administração de proteínas e energia. A síntese proteica se altera, com elevação de proteínas de fase aguda, levando a perda de tecido magro de até 75 gramas de proteína muscular por dia. Há também decréscimo das proteínas estruturais, além do alto “turnover” proteico associado à intolerância a glicose e lipídios.
Tipos de nutrição
Terapia de nutrição Enteral (TNE)
A TNE faz parte da rotina de tratamento intensivo em pacientes impossibilitados de utilizar a via oral para alimentação que possam utilizar o trato gastrointestinal (GTI). O uso da nutrição enteral (NE) está associado à redução no número de