Terapia cognitiva
Na antiguidade, a legitimação do conhecimento era influenciada pela tradição. Este era o conjunto de referências da época.
Eu ajo no mundo de acordo com este “conjunto de representações”.
Na idade média, a religião regia as representações. A bíblia era o real e o processo de conhecimento era por “revelações”.
Com o tempo, veio a busca por novas referências: com a nova diversidade de representações, buscou-se organizar categorias para maior segurança. Nesta busca aparece Descartes que tira da mão de Deus, a responsabilidade de fazer a verdade. Descartes põe no homem esta responsabilidade, pois ele é o único a ter “razão”. Mas o homem também é um animal e tem emoções. Como tirar a emoção do processo racional?
Postulou-se então, um método para gerar o conhecimento que anulasse a emoção, uma vez que esta polui o processo de conhecimento. Usa-se exclusivamente a razão. E para isso necessita-se de uma linguagem, para minha exatidão e pouca interferência da minha intuição subjetiva: Linguagem temática.
Matematiza-se o fenômeno. Busca-se sua essência, sua unidade mínima. Decompõe-se o fenômeno nessa unidade mínima. Os empiristas queriam as provas em experimentos (não são platônicos).
Para o conhecimento moderno, além do pensamento platônico e do empirismo, ele deve também ser generalizado. O objetivo da ciência moderna é a previsão e o controle. Porém, isso somente funcionava com os fenômenos regulares (naturais). E os seres humanos não são regulares...
A estatística foi criada para matematizar os fenômenos humanos. A estatística cria a normalidade. Busca a padronização e a unidade de essência. A psicologia surge sob estas premissas:
- a neutralidade do terapeuta
- a exclusão do anormal – internação do louco ou o câmbio para o “normal”
Com a WWII, passa-se a questionar o uso da razão. Surge a crise da modernidade. A neutralidade entra em cheque quando se diz que o fenômeno é dado a partir do olhar do observador