Teorias sobre evolucionismo- visão antropológica.
TEORIA DO EVOLUCIONISMO UNILINEAR -; No século XIX surge o evolucionismo unilinear, que aplica a teoria da evolução na culturalidade e gera o pressuposto que o homem passaria por estágios de evolução cultural: da selvageria à barbárie, da barbárie à civilização e da civilização ao estado de perfeição relativa. Tais estudos se basearam a partir do gabinete e não do campo, de forma distante e pouco aprofundada. São estudos etnocêntricos e comparativos, relegando às etnias minoritárias diferentes graus de primitivismo tendo a cultura européia como ponto de referência do processo civilizatório. Esta teoria criou a plataforma filosófica para o domínio europeu no novo mundo. Nasce o conceito do homem europeu, que recebe o valor de “civilizado”, fazendo crer que os outros povos estavam situados fora da história e da cultura. Isso justificou a colonização de exploração, justificada pelo ideal "civilizatório", pois levaria os povos ditos "primitivos" ao "progresso tecnológico-científico" das sociedades tidas como "civilizadas".
A publicação de Regras do Método Sociológico, de 1895, propõe que os fatos sociais eram mais complexos do que se imaginaria a princípio. Com Durkheim os fenômenos sociais começam a ser definidos como objetos de investigação socio-antropológica com isto se vê inaugurada a chamada linhagem francesa no estudo da antropologia.
TEORIA DO EVOLUCIONISMO MULTILINEAR -> Franz Boas desenvolveu a ideia de que cada cultura tem uma história particular e, portanto a difusão de traços culturais deveria acontecer com frequência e abrangência. Nasce o Relativismo cultural tendo início a investigação de campo, saindo dos gabinetes e cenários puramente teóricos. Boas defende que cada cultura deve ser definida pela sua própria história particular, portanto torna-se necessário estudá-las separadamente com o objetivo de construir sua história. Surgia o Culturalismo, também conhecido como Particularismo Histórico.
Deste movimento