As Teorias Antropol Gicas Da Cultura
As teorias antropológicas servem de ferramentas para a aplicação do estudo em Antropologia, ciência social cujo objetivo é o estudo do Homem e de suas obras. Nesse contexto, as teorias antropológicas servem diretamente à compreensão das diversas formas de manifestação cultural em distintas organizações sociais humanas.
Os diferentes tipos de organização social, desde os considerados primitivos até os mais complexos, estão intimamente relacionados às características culturais ali predominantes, para as quais as terias da cultura servem de instrumento compreensivo.
A partir da segunda metade do século XIX, período de consolidação de importantes conquistas anteriores como o advento do Renascimento Cultural na Europa (séc. XVI e XVII), das grandes navegações (séc. XVI), da conquista do Novo Mundo (séc. XVI), o desenvolvimento do método científico (do séc. XVI ao XVIII), as luzes da razão iluminista (séc. XVIII) e a consolidação do cientificismo e da corrente de pensamento positivista (séc. XIX), o espírito humano passou de uma fase subjetiva de conhecimento, na qual as fundamentações se davam em termos abstratos, hipotéticos e especulativos para um conhecimento mais objetivo, visando à constituição de saberes científicos calcados na experimentação empírica, na identificação de leis explicativas para seus determinantes causais e de sua generalização (transformação das leis científicas em leis gerais que explicam a totalidade das possibilidades de ocorrência do fenômeno estudado).
Esta mudança de postura, da qual provêm praticamente todas as teorias da cultura, foi responsável pelo novo status de ciência conferido à Antropologia, cujo objeto passou a ser tratado como algo observável, mensurável, passível de ser decodificado estatisticamente, quantificado, teorizado, experimentado e comprovado, tratando-se o produto deste sistema de “conhecimento científico”. Tiveram fundamental importância dentre as teorias culturais, para que a