Teorias do Jornalismo: a tribo jornalística uma comunidade interpretativo transnacional,
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: HABILITAÇÃO EM JORNALISMO
RESENHA CRÍTICA
Teorias do Jornalismo: a tribo jornalística uma comunidade interpretativo transnacional, de Nelson Traquina lançado em 2005, ano em que os jornais impressos começaram perder os seus leitores para a Internet. Esse livro tem como principal objetivo alcançar um nível elevado na compreensão do estudo teórico das práticas jornalísticas.
Logo na introdução o autor fala sobre o poder do jornalismo e dos jornalistas, sua tribo, suas “estórias”, seus mitos, a relação que os jornalistas têm com tempo; fala sobre o poder persuasivo que um jornalista possui.
Um dos questionamentos feito no livro é explicar a concepção do que é noticia para os jornalistas. A partir desse ponto surge a teoria do jornalismo, que reúne ideias que dão base ao conhecimento puramente especulativo e a uma visão a respeito de aspectos da realidade social. Na construção da noticia é ressaltado a importante da teoria do agendamento fundamental na relação e seleção dos fatos que podem virar noticias. Segundo o autor “a teoria do agendamento sublinha uma forte mudança no paradigma dominante da teoria dos efeitos dos medias e significa uma redescoberta do poder do jornalismo não só para selecionar os acontecimentos ou temas que são noticiáveis, mas também para enquadra estes acontecimentos e/ ou temas”. Este enquadramento da uma noção de inclusão, integração e limitação do que se quer noticiar, ou seja, uma maneira de se organizar os acontecimentos.
Como assegura Tuchman (1976: 94) apud Traquina, “a notícia, através dos seus enquadramentos, oferece definições da realidade social; conta ‘estórias’”.
O contar ‘estórias’ dos jornalistas não fica apenas em desenvolver uma narrativa de ficção, mas uma forma preferencial de se referir às notícias, que por sua vez, são relatos de acontecimentos atuais e de interesse público, mas que não deixam de ser ‘estórias’.
Tudo isso acontece em