Teorias de Darwin
Ver artigo principal: Seleção artificial
Diferentes variedades domésticas são produzidas pelo homem através da seleção, a partir da variação individual das espécies.
Há mais variação no estado doméstico do que no estado selvagem.
O processo pelo qual ocorre a domesticação de espécies e a seleção das características de interesse é extremamente lento e gradual.
A pomba Columba livia ilustrada porJohn Gould.
Darwin já suspeitava que os gametas sofressem ação de fatores geradores de variabilidade. Apoiava esse ponto de vista nas observações de alterações nos aparelhos reprodutores de alguns animais em cativeiro. Porém, ele percebeu que havia mais variação no estado doméstico que no estado selvagem. Enunciou também que o hábito influenciava as características presentes nos organismos, que alguns caracteres sofriam reversão ao estado ancestral quando os indivíduos retornavam ao estado selvagem e que alguns caracteres apareciam sempre de forma correlacionada nos indivíduos, mesmo entre caracteres sem muita relação morfofuncional (como o aumento nos tamanhos do bico e dos pés em pombos).
Alguns trabalhos da época defendiam que as espécies e raças de cada animal doméstico descendem de várias espécies ancestrais, uma para cada espécie ou raça atual. Darwin acreditava que uma ou poucas espécies teriam dado origem as espécies atuais, pois considerava pouco provável que todos aqueles ancestrais das espécies atuais tivessem se extinguido simultaneamente e sem deixar registros. Ele salientou também a dificuldade de povos semi-civilizados realizarem várias domesticações bem sucedidas. O modelo escolhido para embasar seu raciocínio foi o pombo e suas diversas variedades.3 Ele acreditava que todas as raças descendiam de apenas uma única espécie selvagem, a pomba-das-rochas (Columba livia), e observou isso também através de cruzamentos entre as várias linhagens de pombos, onde algumas características