Teoria e técnica de psicoterapias

Teoria e Técnica de Psicoterapias – Héctor Juan Fiorini

“Basicamente, são os urgentes problemas práticos criados para as instituições que forçam a uma reformulação dos métodos atuais de tratamento e à busca de novos métodos” (pág. 18).

“...fundamentos que dão apoio teórico à ideologia assistencial característica dessas modalidades terapêuticas: a) Modelo etiológico – não se trata de omitir a consideração dos fatores disposicionais históricos que intervêm na equação etiológica, mas sim estar voltado essencialmente para apreender a estrutura da situação transversal em que se atualizam os determinantes patogênicos. ... busca-se uma compreensão psicodinâmica da vida cotidiano do paciente, que se operacionaliza nas interpretações, no planejamento de sua vida cotidiana, em orientação familiar ou de trabalho... suas condições de moradia, trabalho, perspectivas de futuro, as tensões de seu grupo social, sua cultura particular, preconceitos, mitos e outras formas de consciência alienada. Uma compreensão social adequada do paciente... uma complexa organização dinâmica de relações objetais, estruturadas ao longo de experiências básicas precoces, diante de um mundo atual de objetos reais, grupos, instituições, profundamente permeados por determinações econômicas, culturais, ideológicas. b) Relações entre psicopatologia e comportamentos potencialmente adaptativos – sem considerar tanto o funcionamento não-conflitivo como os conflitos centrais do paciente, não é possível compreender o comportamento. Uma terapêutica breve organiza seus recursos de forma maleável e os organiza em função de uma avaliação total da situação do paciente, de seu grau de enfermidade e do potencial adaptativo de sua personalidade: elabora sua estratégia levando em conta quais capacidades se acham invadidas por conflitos e quais se acham livres deles. Se orienta para o fortalecimento das áreas do ego livres de conflito. c) Modelos motivacionais e cognitivos da personalidade – a