Teoria política - maquiavel

Maquiavel viveu em uma época instável onde a Itália, que, diferente de outros países da Europa, não se unificou e vive sob a tirania de pequenos principados, governados por potentados inimigos, o que gerava guerras entre os senhores, castigando a população. No pensamento de Maquiavel é possível identificar marcas do renascimento como a retomada do clássico, onde a história é vista como cíclica, não tem fim; há a valorização do homem, do racionalismo e da individualidade. Os traços da Idade Média nele presente é a constante busca por um Estado unificado e centralizado.
Maquiavel criou uma nova Ciência Política que baseada na experiência, retratando uma ideia de modelo político como realmente é, e não como deveria ser. Até então a teoria de Estado e de sociedade não ultrapassava os limites da especulação filosófica, onde os autores vinculavam a o estudo desses assuntos à moral e teorizavam a organização política e social. Maquiavel rompe com a escolástica e como os renascentistas, preocupa-se em formar uma nova ciência física rompendo com o pensamento anterior, defendendo uma base de investigação empírica. Para entender esse modelo é empírico ele se baseia na história e na psicologia. A história é constituída de ciclos, que se renovam em torno de si mesmos, conhecer os fatos históricos é ter um material recorrente, essencial para o estudo do presente, quem observa os fatos antigos pode prever o futuro e usar os ocorridos em situações semelhantes; O estudo da história complementa o estudo da psicologia humana, Maquiavel diz, de acordo com o estudo dos antigos, que os homens são todos egoístas e ambiciosos, só recuando da prática do mal, quando coagidos pela força da lei, e a psicologia desenvolvida em torno do poder fundamenta o reconhecimento secular e autônomo do político e o separa radicalmente da ética e do direito.
A virtu são as características políticas de uma pessoa; A fortuna é o acaso; E a occasione é a situação. Em outras palavras, a fortuna proporciona