Teoria Pol Tica
Quais as objeções apresentadas pelo autor em relação ao conceito de presidencialismo? Antes de explanar sobre qualquer objeção que o autor aponta quanto ao conceito atribuído ao presidencialismo brasileiro, é necessário entender a abordagem utilizada para compreensão do mesmo. No Brasil o sistema presidencialista é adjetivado como presidencialismo de coalizão, ao classificarmos, desta maneira, a forma de governo insinua-se que ela teria um distanciamento significativo, que justificasse tal diferenciação, entre as outras formas de presidencialismo adotadas no mundo. Em verdade, o sistema brasileiro é marcado pela coalizão entre os partidos, esse processo apresenta dois eixos o partidário e o regional, uma vez que o cálculo relativo ao pilar de sustentação política engloba, além do partidário-parlamentar, o regional. As coalizões, no entanto, não parecem como soluções para a execução de um bom governo, mas sim para ressaltar as dificuldades enfrentadas pelo presidente para governar. Essa dificuldade é caracterizada pela fragilidade dos partidos, fragilidade que provavelmente venha como consequência da manutenção do poder regional. No entanto, o autor, apesar de concordar que – dentro de uma perspectiva meramente descritiva – a classificação original do presidencialismo brasileiro seja aceita, ele a contrapõe, indo exatamente para o plano oposto. De acordo com Limongi essas características não justificam a aspiração à originalidade. Recorrendo a outras evidencias empíricas e sistemáticas ele mostra que não é possível manter esse pressuposto e vai além, salientando a dificuldade dos partidos políticos em terem autonomia as coalizões. Não há poder tradicional regule e controle os resultados eleitorais. Ou seja, o autor