TEORIA NORMATIVA E TEORIA POSITIVA
1. Enfoque de pesquisa contábil
Uma teoria é definida como um corpo de conhecimentos organizados que podem ser utilizados para explicar e predizer a ocorrência de determinados fenômenos.
A literatura contábil indica que existem diversos enfoques a teoria da contabilidade e, portanto, ainda não chegou a um único paradigma de aceitação universal capaz de orientar o estudo dos fenômenos situados nesse ramo do conhecimento. Em parte, isso ocorre porque diferentes pesquisadores possuem concepções divergentes acerca do papel da teoria contábil e até mesmo do objetivo principal da contabilidade. Muitos consideram que a função principal da referida teoria é explicar e predizer determinados fenômenos como, por exemplo, identificar as razões que motivam algumas empresas a adotar certo método de avaliação de ativos, enquanto outras elegem uma alternativa diferente. Em sentido oposto, há quem considere que o papel da teoria da contabilidade é essencialmente prescritivo, cabendo-lhe, portanto, indicar como deveria ser a prática contábil. Usando o exemplo anterior, esta última postura corresponderia a apontar qual seria o melhor método de avaliação para os ativos, em vez de procurar explicar por que determinado método tem sido preferido a outro.
Vinculado à primeira corrente, encontram-se os autores como Watts e Zimmermam (1986), defendendo a tese de que o objetivo da teoria contábil é explicar e prever a prática da contabilidade. Segundo eles, explicar significa fornecer motivos para a prática observada. E prever no contexto referido, significa que a teoria deve prever fenômenos contábeis ainda não observados.
Passando ao enfoque prescritivo, um exemplo que reflete a idéia de que caberia à teoria da contabilidade indicar diretrizes para a prática contábil pode ser observado em Chambers (1966). Ele defende a ideia de que os ativos devem ser mensurados segundo o valor que poderia ser obtido vendendo cada um de seus componentes sob condições de